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Porquê investir na sua Saúde Mental?
A Organização Mundial da saúde (OMS) sugere que a maioria dos países em desenvolvimento precisam aumentar e aperfeiçoar a formação de profissionais para a saúde mental, que prestarão cuidados especializados e apoiarão programas de cuidados primários de saúde. Falta na maioria dos países em desenvolvimento um número adequado de especialistas para preencher os quadros dos serviços de saúde mental. Uma vez formados, esses profissionais devem ser estimulados a permanecer nos seus países, em cargos que façam melhor uso das suas aptidões.
Estima-se que em cada 100 pessoas 30 sofram, ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de problemas de saúde mental e que cerca de 12 tenham uma doença mental grave, onde a depressão é a doença mental mais frequente, sendo uma causa importante de incapacidade. Os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com a depressão.
Muito pode ser feito desde cedo para ajudar na construção da resiliência, o que pode evitar o sofrimento e doenças mentais, bem como ajudar no gerenciamento e na recuperação desses transtornos.
A relação entre a prática de exercícios físicos e a manutenção da saúde mental já é um consenso entre os profissionais de saúde. Novos estudos apontam que a atividade física regular diminui os riscos de depressão e reduz a perda cognitiva em pacientes com mal de Alzheimer, por exemplo. Entre as descobertas recentes está o fato de que práticas como caminhar, correr ou pedalar são fundamentais para manter uma capacidade neurológica saudável, mesmo com o avanço da idade.
De onde surge a Escola Mentalize?
Diante desse cenário, surge a Mentalize Saúde & Performance, que visa dialogar com a comunidade sobre temas ligados à saúde mental através de práticas como exercício físico, meditação, mindfulness, psicoeducação, educação em saúde, entrevista motivacional no cuidado da saúde, além de buscar soluções para a população, como palestras, cursos, treinamentos e intervenções, com o propósito de impactar positivamente a saúde das pessoas estimulando a adoção e manutenção de comportamentos saudáveis.
Organizações como a European Health Psychology Society citam o exercício físico como uma das principais ferramentas para um estilo de vida mais saudável. Dessa forma, surge a curiosidade de como uma empresa que surge da perspectiva de movimento humano e com um CEO graduado em Educação Física tem seu nome ligado ao campo da psicologia.
A palavra da língua inglesa, ´´Mentalize“, significa mentalidade, que por sua vez significa estado, qualidade daquilo que é mental, do que caracteriza os processos e atividades da mente e/ou conjunto de manifestações de ordem mental (crenças, maneira de pensar, disposições psíquicas e morais), que caracterizam uma coletividade, uma classe de pessoas ou um indivíduo; mente, personalidade.
Naturalmente e com boas intenções os profissionais da saúde estão muito focados em disseminar o benefício dos comportamentos ligados a saúde. As áreas da Psicologia da Saúde, da Educação em Saúde e da Neurociência tem levantado questionamentos técnico-científicos sobre o que antecede o comportamento e quais fatores influenciam na tomada de decisão e manutenção dos comportamentos considerados saudáveis. Essas linhas de investigação científica têm contribuído com conceitos de autorregulação da atenção, autoeficácia, automonitoramento, suporte social, rede de apoio, metacognição, tríade cognitiva comportamental, entre outras, para explicar os fenômenos de ordem superior (cognitiva & emocional) que influenciam na adoção de comportamentos ou a ausência deles.
Ao longo da graduação em Educação Física sempre ouvi, li e reli que o profissional deveria ser capaz de prescrever exercício e para isso o conhecimento técnico se torna indispensável. Ao mesmo tempo, percebi uma lacuna gigante durante a formação, sempre questionando os professores com uma pergunta que parece simples, mas que carrega uma complexidade:
Como fazer as pessoas mudarem seus HÁBITOS?
A cultura do fitness apoia a ideia de que as pessoas precisam de um Profissional de Educação Física durante toda sua vida para prescrever o que devem fazer diariamente. Essa ideia construiu a atuação do Personal Trainer e seus interventores sustentam a relação de dependência entre profissional e sociedade. Partindo desse pressuposto surge o questionamento se esse profissional entende o conceito de saúde pública e de como essa relação de dependência pode ser negativa para a construção de uma população mais ativa e saudável. Nessa relação estabelecida há a predominância de um modelo tecnicista e não higienista, já que não estimula o indivíduo a pensar sobre seus comportamentos e/ou ausência deles, a desenvolver a autonomia de um estilo de vida mais ativo e ensinar um repertório de estratégias para adoção e manutenção dos comportamentos mais adequados.
Ao perceber essa lacuna, através do contato e atuação intensa no campo do fitness, foi necessária a busca por formações e cursos de extensão em áreas que estudam o ser humano e seus comportamentos baseado na cognição, funcionamento cerebral, percepção de mundo e suas emoções. Durante essa jornada, passando por congressos e cursos da Psicologia e Psiquiatria uma frase da Terapia Cognitiva Comportamental me chamou a atenção:
´´Os pacientes melhoram porque eles começam a entender o seu funcionamento, a aprender a resolver seus problemas, a desenvolver um repertorio de estratégias que eles mesmo podem aplicar (AARON BECK, 1997)“.
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